A
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
Lucas 9: 12-17
Certo dia, ao entardecer, o Senhor Jesus se viu diante de um grande
problema; a multidão que o seguia não tinha o que comer e o lugar
era deserto. Ele estava acompanhado de discípulos inexperientes, mas
mesmo assim transferiu a responsabilidade de resolver o problema para
eles, dizendo: “Dai-lhes vós de comer”.
DESENVOLVIMENTO
Além de serem inexperientes, os discípulos de Jesus eram limitados
e tinham vários problemas de personalidade. Pedro era um homem
precipitado e autoconfiante. Tomé tinha um sério problema de falta
de fé e ceticismo, enquanto João era quieto demais. Filipe não
entendia a revelação do Pai e Judas era um traidor. Apesar de todas
estas dificuldades, Jesus entregou nas mãos dos discípulos aquela
tarefa que significava a salvação de todas aquelas pessoas
famintas.
Quando perceberam o problema, os discípulos a princípio,
apresentaram uma solução humana e a mais cômoda possível,
sugerindo a Jesus que despedisse a multidão para que fosse à cidade
comprar comida. Eles esqueceram que ninguém ali tinha recursos para
comprar comida, nem como se deslocar até as cidades, que ficavam
distante. Jesus sabia de tudo isso e mandou que eles resolvessem o
problema ali mesmo, no deserto. Mas como fazer isso, se as mãos dos
discípulos também estavam vazias?
Eles tentaram coletar alimentos no meio da multidão, mas o máximo
que conseguiram foram cinco pães e dois peixes, o que não bastava
para uma multidão de mais de cinco mil pessoas. Os discípulos
trouxeram aqueles alimentos e os apresentaram ao Senhor Jesus, como
que querendo mostrar a sua incapacidade de cumprir a ordem do Mestre.
Este então, orientou que eles organizassem a multidão, mandando que
todos se assentassem na relva em grupos de cinquenta.
Depois Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes e os abençoou,
entregando-os aos discípulos para que distribuíssem com a multidão.
Neste momento ocorreu o milagre; os pães e os peixes foram se
multiplicando de tal maneira, que quanto mais eles distribuíam, mais
alimento aparecia. No final, todos se saciaram e o Senhor Jesus
mandou recolher as sobras, que encheram doze cestos de pães.
Nesta hora, estamos vivendo a mesma situação no âmbito
espiritual. A noite profética se abate sobre este mundo (deserto) e
a multidão de pessoas faminta não sabe a quem recorrer. Muitos
procuram soluções racionais e humanas para os graves problemas da
humanidade. As pessoas hoje em dia sofrem de uma angústia semelhante
à fome da alma, e contra este mal não há solução humana
permanente.
Às vezes, nós que somos servos do Senhor, nos deparamos com
determinadas situações onde somos levados a olhar para nossas mãos
e percebermos que elas estão vazias, ou que aquilo que temos é
muito pouco para atender a determinadas necessidades das pessoas.
Além disso, nós também temos nossos defeitos e os nossos próprios
problemas, que nos consomem tempo e nos causam preocupações. Nossa
primeira reação é transferir os problemas das pessoas para os
outros (o pastor, os diáconos, obreiros, etc.), pois não queremos
nos envolver com o que não nos diz respeito. Mas apesar de tudo
isso, o Senhor tem confiado a cada um dos seus servos a tarefa de
ajudar essas pessoas a saciarem suas necessidades espirituais. Cabe a
nós cuidar para que essas pessoas não “morram no deserto”. O
que devemos fazer para que isso não aconteça é colocar o que temos
diante do Senhor (nossa experiência de salvação, nosso testemunho,
nosso conhecimento da Palavra, etc.), ainda que pareça pouco, porque
o Senhor é poderoso para multiplicar isso que temos, e conceder uma
grande bênção ao necessitado.
Quem realiza a Obra é o Senhor Jesus, mas Ele necessita de alguém
que tenha fé para servir de instrumento e canal de sua bênção. Na
verdade, nós não temos nada, mas o Senhor quer nos usar assim
mesmo. Ele precisa da nossa vida (tão pequena) para revelar sua
Palavra (pães) e a Vida de Comunhão (peixes) que tem para matar a
fome espiritual da multidão.
É preciso entender também que o trabalho de alimentar
espiritualmente as pessoas precisa ser feito com sabedoria, para que
ninguém fique desassistido. É preciso trabalhar com grupos
pequenos, pois desta forma cada um receberá o que for necessário,
evitando o caso de uns receberem muito e outros pouco demais, como
acontece nas religiões que ajuntam uma multidão e depois não sabem
quem recebeu o quê, nem quanto.
CONCLUSÃO
Se cumprirmos aquilo que o Senhor nos tem mandado, em breve todos
serão saciados e a igreja fiel será arrebatada e levada para a
eternidade. Aqui na terra, no entanto, ficará o seu testemunho (os
doze cestos de pães que sobraram) para alimentar o povo de Israel
que passará pela Grande Tribulação. Não sobrarão peixes,
pois eles representam a vida de comunhão da igreja com o Senhor
Jesus, e ambos estarão na eternidade.
2 comentários:
seguindo..aqui amado....
http://www.simonebastos2007.com/
Amem Irmã que o Senhor lhe Abençoe.
Postar um comentário
A Paz do Senhor Jesus.
Obrigado pelo comentário, sua opinião é muito importante.
Que o Senhor lhe Abençoe.